Meu amigo morreu. Meu amigo partiu. Na madrugada fria fria meu amigo (dizem) Agora habita a verde catedral dum bosque. Meu amigo morreu. Meu amigo não volta.
Meu amigo dizia (estou a ouvi-lo) Vou procurar a minha estrela. Foi E não voltou. Meu amigo (dizem) Tem agora o tamanho duma estrela.
Meu amigo não volta. Eu estou mais velho é certo. Amigo é a palavra com aldeias dentro Com lâmpadas sinais do amigo Para dizer-nos : estou aqui.
Eu estou mais velho é certo. Meu amigo morreu. Amigo é uma palavra agora com aldeias tristes Estas paragens percorridas pela ausência Sem lâmpadas (com lagrimas com lagrimas)
Meu amigo partiu para o espaço da noite E há uma viola dentro da tristeza Neste verde lugar onde a noiva anoitece. Nunca mais voltará. (Por que morreu?)
Manuel Alegre, in A Praça da Canção.
R.E.P. Casimiro.
sábado, 20 de março de 2010
A primavera terá sempre o mesmo inverno a vencer
Alain
quarta-feira, 17 de março de 2010
Se um espírito contemplativo se deita à água, não tentará nadar, procurará, primeiro, compreender a água. E afogar-se-á. (Henri Michaux)
sábado, 13 de março de 2010
O verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que, pela primeira vez, se lança um olhar inteligente sobre si mesmo.